24- Sombra da Noite


Sou uma sombra na noite,
Vagueando por entre vultos e bêbados
Um reflexo vazio à luz da Lua,
Á procura de vida...
Da altivez da sua pele,
Onde as minhas gélidas mãos sintam o sangue correr
Quente e doce,
Onde o desejo queima a minha alma
Intenso e lento, até saciar a minha fome
Da tua carne e dos teus sonhos
Vivo através de outras vidas
Tendo a morte á minha espreita,
A escuridão acompanha-me, o sangue mantém-me
Enquanto os mortais celebram Morpheu
A angústia paira sobre as suas cabeças
Um perfume inebriante está ao redor
Transformando o que era receio em ansiedade
Uma lágrima cai enquanto o sangue escorre
Por entre os meus dedos,
Percorrendo um corpo febril,
Sem dor, sem medo,
Apenas o torpor dos meus caninos sedentos
Embriagando as suas almas em delírios,
Marcando as suas veias e seu destino,
Lábios ensanguentados proferem ternas palavras
Enquanto a pálida alma se entrega
A um olhar que atravessa os sentidos,
Mas sem se permitir atravessar,
Olhos que zelam por teu sono
Clama por meu nome em noites densas
Pois a dor é somente um sonho
Até o amanhecer...





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